terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Aqui quem fala é da Terra

Sou uma nova mulher, com visão além do alcance! Hoje fui à primeira avaliação depois de operar meus dois olhos para consertar meus 5,25 graus de miopia. A visão está a 100%, mesmo que ainda com algum embaçamento. Já circulo por aí toda toda só de óculos escuros bemmm peruinha, ao meu estilo! Dois problemas desse milagre: um mês sem praia e sem maquiagem nos olhos! Será que sobrevivo há esse tempo todo sem rímel? rsrsrs

Pela cirurgia recente, as notícias são breves. Tenho que poupar meus novos olhos do computador, e como trabalho com ele o dia inteiro, me resta pouco tempo para descansá-los. Aos poucos vou entrando no ritmo de antes, com posts maiores. E contando tudo sobre a cirurgia refrativa e reforçar que super-recomendo a todos que pensam em fazer!

No mais, momento TPE: tensão pré-exames. Sim, já chegou novamente a hora de ver se a saúde está ok ou se alguma bolota resolveu dar o ar da graça. Assim que houver resultados e consulta, conto tudo!

domingo, 15 de janeiro de 2012

Uma novidade e uma satisfação

Em menos de 15 dias, já quebrei a meta de escrever duas vezes por semana! Mas tenho explicação: para quem não sabe, sou quase cega, com 5,25 graus de miopia em cada olho. Mas desde a semana passada apenas um olho mantém o problema. Fiz cirurgia de correção! Por isso, precisei ficar fora do computador, e só volto com carga total na próxima segunda-feira.

Está tudo indo muito bem e não vejo a hora de enxergar perfeitamente - sensação que não me lembro de viver, já que uso óculos desde os 9 anos! No mais, até a volta, com o relato completo da cirurgia e do pós-cirúrgico para encorajar quem quiser a passar por essa maravilha!

sábado, 7 de janeiro de 2012

Cumprindo resoluções e promessas

Hoje é 7 de janeiro. Minha postagem mais recente foi no dia primeiro. No último dia do prazo, no deadline, estou cumprindo uma das resoluções de início de ano que fiz aqui: escrever pelo menos duas vezes por semana no blog. Um bom começo, apesar de a outra principal ainda estar no débito - não corri 50 metros essa semana! Mas há motivo: "problemas femininos" têm me deixado indisposta para qualquer atividade mais pesada, desde arrumar muitas coisas em casa, treinar corrida, ou pegar o metrô (devo confessar que tenho evitado o metrô graças ao Marido, de folga em casa e me mal-acostumando com carro para ir e voltar do trabalho, rs).

Vamos dizer que cumprir um compromisso me anima e fortalece para cumprir os seguintes. E já que estou nessa vibe de pagar minhas dívidas - financeiras e de palavra - hoje farei um outro pagamento e falar do Gianecchini. Ele voltou a ser internado e esse foi o gancho que me trouxe para o assunto.

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Reynaldo Gianecchini descobriu no ano passado que estava com um câncer no sistema linfático, e seu tratamento é noticiado o tempo todo. Esta semana, ele foi internado sem motivo divulgado, mas agora já se sabe que a internação é o preparativo para o autotransplante de medula pelo qual ele vai passar. Mas o que me motivou a falar do ator não é o simples fato de ele ter câncer como eu; mas sim uma declaração que ele deu e foi mal interpretada: quando começou a fazer quimioterapia e visitou crianças que estão na mesma luta, Giane disse que "a doença poderia ser uma dádiva". O ator se referia à quantidade de afeto que estava recebendo. Choveram críticas de que ele estava fazendo um desserviço a quem sofria com o câncer.

Na boa, que gente chata... Quando descobri que tinha um tumor e contei aos meus amigos, a melhor coisa foi receber ligações, e-mails e mensagens de pessoas me encorajando, dando apoio, se colocando ao meu lado. No caso dele - e da Dilma, do Lula, e tantas outras "pessoas públicas" - isso é elevado à enésima potência, por causa de uma legião de desconhecidos que se dispõe a enviar mensagens e rezar. Isso realmente aumenta nossa força, e era sobre essa dádiva que o cara falava. Só quem passa por uma situação difícil e ainda tabu sabe o quanto esse limão pode virar uma limonada por meio do amor que acaba nos rodeando...

Acho que ainda não disse aqui como fiquei mais sensível aos casos públicos de câncer depois que me descobri doente. Sempre ficava triste ao saber que alguém famoso ou próximo de mim de alguma maneira estava doente, em especial com câncer. Mas depois da minha experiência, chego a chorar quando vejo esssas histórias. Primeiro foi a Drica Moraes, recuperada, falando de como se sentiu; depois, a Marcia Cabrita contando no seu blog que não queria mais ficar falando sobre isso e ser usada de exemplo e conselheira. Por último, foi a entrevista do Reinaldo Gianecchini no Fantástico. Ver aquele homem lindo, em rede nacional, em um momento difícil, com toda a calma e serenidade do mundo falando sobre seu tratamento, foi uma coisa que me tocou muito. A força e o despojamento dele me pegaram fundo. Mas nada se compara em termos de sensibilização à morte do Steve Jobs.

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Quando eu soube pelo Facebook da morte do criador da Apple, foi esquisito. Cada um que morre de câncer me deixa uma sensação estranha, me faz ter um confronto com essa realidade - se bem que a morte é uma realidade para qualquer pessoa, mas depois falo disso. No caso de Jobs, eu tinha uma desconfiança de que o tumor dele era o mesmo que o meu. 

 O tipo de câncer que Jobs teve nunca foi divulgado. Mas, na manhã do dia seguinte à morte dele, na sala de espera do Lamina pra fazer meus exames de acompanhamento (a vida realmente tem senso de humor - negor, rs), o Bom Dia Brasil fez a descrição detalhada do câncer dele, sem dizer o nome. O médico Luiz Fernando Correa comentou que era um tumor raro, raríssimo; que os primários apareciam mais comumente no pâncreas, no intestino ou no pulmão; e que a metástase, quase sempre letal, era no fígado. Chorei de soluçar, que nem criança. Era exatamente o meu tumor carcinóide.

Nessa hora, o que passou na minha cabeça foi: tenho quase cinco anos de acompanhamento por fazer. São três chances por ano de descobrir uma metástase. Se nem o Steve Jobs, com todo o dinheiro do mundo, os melhores tratamentos e até um transplante de fígado (!) morreu, se eu tiver uma metástase vou entrar nos 85% que morrem desse tumor.

Aqui eu faço um parêntese: ser jornalista é uma m#&%@. Quando tive o diagnóstico, fui direto nas fontes confiáveis saber tudo a respeito: descobri que o tumor é raríssimo, que acomete mais pessoas jovens, que não se sabe o motivo, e que em caso de metástase, a sobrevida em cinco anos é de apenas 15%. Informação é poder, e quando é com você fica martelando na sua cabeça, rs.

Depois do choque inicial, voltei ao otimismo e aos fatos: zero infiltração em linfonodos, descoberta rapida, cirurgia a jato e sem complicações, exames em ordem e vida saudável. E pra que chorar e sofrer por antecipação? Em vez disso, decidi seguir a filosofia dos grupos anônimos (AA, NA): só por hoje.

Aproveitando a deixa: é só, por hoje (hahaha)



domingo, 1 de janeiro de 2012

"Tudo novo de novo, vamos nos jogar onde já caímos"

Escrever dua vezes por semana no bloguinho. Essa é uma das minhas metas para esse 2012 novinho - e ele será diferente do que passou, para melhor ou pior, na medida de como agirmos! Nunca fui de fazer listas de promessas para o Ano Novo, nem mesmo a clássica "vou emagrecer", rs. Mas, este an resolvi fazer algo diferente: vou listar aqui algumas metas para 2012, e conto com os amigos para acompanhar, cobrar e torcer! A lista está por ordem de lembrança, e não de importância...

- Me exercitar de verdade: a primeira providência é montar um horário para os treinos de corrida. Vou desistir de vez da musculação, já que não gosto mesmo disso, e ficar só com a hidro hard. O plano são três dias de hidro e três de corrida por semana. Seguindo direitinho, vou enxugar minhas curvas e cumprir a segunda meta do ano, que é...

- Correr a São Silvestre: é autoexplicativo, né? Com um ano de treino e algumas corridas de rua, acho que chego nos 15 km da SSilvestre em 31/12/2012 numa boa.

- Organizar a vida financeira: terei um 2012 com menos maquiagens, menos roupas, menos esmaltes comprados... E menos será mais! Mais dinheiro para gastar de forma responsável e controlada!

- Pensar menos no meu acompanhamento: sim, sim, não esqueço que estou vigiando um câncer. Mas neste segundo ano de acompanhamento quero me forçar a não pensar nisso o tempo todo, não me descabelar, não ficar chocha com tanta frequencia... A meta é me concentrar no que realmente importa e é concreto - meus treinos, meu trabalho, minhas viagens já planejadas e as que ainda não planejei para este ano...

São cinco metas no final, contando com o compromisso com o blog! A animação do primeiro dia do ano que me acompanhe e a que a Força esteja comigo!

Feliz 2012!!! Feliz Vida!!!